O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer, gratuitamente, o Implanon, método contraceptivo subdérmico de longa duração. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (02), durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
Com eficácia de até três anos, o implante será uma nova opção no planejamento reprodutivo das brasileiras, sendo considerado mais prático e seguro por não exigir uso contínuo, como anticoncepcionais orais ou injetáveis.
A portaria que oficializa a incorporação será publicada nos próximos dias. A previsão é que o dispositivo esteja disponível em unidades básicas de saúde (UBS) no segundo semestre de 2025. O plano do governo é distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026, sendo 500 mil ainda este ano, com investimento estimado em R$ 245 milhões.
Hoje, o Implanon custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada. O método é aplicado sob a pele por profissionais treinados e, após o período de eficácia, pode ser retirado com facilidade. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
O Ministério da Saúde afirma que, além de evitar gravidez não planejada, o acesso ao Implanon contribui para reduzir a mortalidade materna, com foco em alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, incluindo a redução de mortes entre mulheres negras em 50% até 2027.
Hoje, o único contraceptivo de longa duração disponível pelo SUS é o DIU de cobre. O Implanon será o segundo método classificado como LARC (contraceptivo reversível de longa duração).
Confira os métodos contraceptivos oferecidos pelo SUS:
- preservativos masculino e feminino
- DIU de cobre
- anticoncepcional oral combinado
- pílula oral de progestagênio
- injetáveis hormonais mensal e trimestral
- laqueadura
- vasectomia
Importante: apenas os preservativos oferecem proteção contra ISTs.