A Netflix confirmou a produção de “Emergência Radioativa”, minissérie nacional baseada no maior acidente radiológico da história ocorrido fora de uma usina nuclear: o desastre com Césio-137, que aconteceu em Goiânia, em 1987.
Criada por Gustavo Lipsztein, com direção de Fernando Coimbra e produção da Gullane, a série vai acompanhar a atuação de médicos e físicos em uma intensa corrida contra o tempo para salvar milhares de vidas e conter a contaminação que atingiu grande parte da cidade.
A história é baseada em fatos reais. Tudo começou em setembro de 1987, quando dois catadores desmontaram um aparelho de radioterapia abandonado no Instituto Goiano de Radioterapia. Dentro dele, encontraram uma cápsula que continha 19 gramas de Césio-137, um material radioativo que emitia um brilho azul. A substância acabou se espalhando pela cidade, provocando a morte de quatro pessoas e a contaminação de 249, segundo o governo de Goiás. Mais de 110 mil pessoas foram monitoradas na época.
Classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, o desastre exigiu a descontaminação de diversos locais e até a criação de uma cidade específica para armazenar os rejeitos radioativos.
Ainda sem elenco ou data de estreia definidos, a minissérie traz uma proposta diferente ao mostrar o ponto de vista das vítimas, médicos e cientistas, fugindo dos tradicionais thrillers policiais.
“É raro termos uma série de gênero que fala sobre pessoas comuns lidando com um evento extraordinário”, disse o diretor Fernando Coimbra ao site About Netflix.
Emergência Radioativa promete dar visibilidade a um episódio que marcou o Brasil e que, até hoje, é pouco lembrado.
