A greve dos trabalhadores da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte segue por tempo indeterminado. A decisão foi confirmada em assembleia realizada nesta terça-feira (17), na Praça da Estação, onde a categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura. Uma nova assembleia está marcada para o dia 24 de junho, às 9h.
Entre as principais reivindicações estão o reajuste compatível com o Piso Nacional do Magistério, atualmente com índice de 6,27%, a recomposição do quadro de professores, principalmente na educação infantil, a redução do número de alunos por sala e a reestruturação da carreira.
O Executivo propôs um reajuste de 2,49% nos salários e 58,7% no vale-refeição. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-REDE/BH), o percentual está abaixo da inflação acumulada dos últimos 12 meses e não representa valorização real da categoria.
A greve teve início no dia 6 de junho. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cerca de 86% das escolas aderiram à paralisação.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que reconhece a importância dos profissionais da educação e ressaltou que 100% dos servidores do magistério recebem salários acima do piso nacional. A PBH também informou que o reajuste proposto recompõe a inflação acumulada de janeiro a abril de 2025 e que valores superiores ao apresentado comprometeriam o orçamento público.