O sistema de reconhecimento facial implantado no Mineirão, em Belo Horizonte, alcançou mais de 95% de assertividade nos dois primeiros jogos do Cruzeiro após a adoção da nova tecnologia. A medida atende à Lei Geral do Esporte (nº 14.597/2023), que exige o uso da biometria facial em arenas com capacidade superior a 20 mil pessoas. A legislação entrou em vigor no dia 14 de junho deste ano, após dois anos de prazo para adequação.
A tecnologia agiliza o acesso ao estádio, coíbe a revenda ilegal de ingressos e reforça a segurança dos torcedores. Até o momento, mais de 150 mil pessoas já estão cadastradas no sistema. Apenas menores de 16 anos estão dispensados da biometria facial, mas ainda precisam apresentar o QR Code na entrada da esplanada.
O reconhecimento facial foi desenvolvido pela equipe de inovação do próprio estádio e está instalado em 128 catracas. O sistema passou por testes iniciais em entradas vendidas diretamente pela concessionária e foi ampliado para todos os setores após os ajustes necessários. Desde que a medida se tornou obrigatória, quatro partidas já foram realizadas com a nova tecnologia.
De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais (Seinfra-MG), a modernização é fruto da Parceria Público-Privada entre o Governo de Minas e a concessionária Minas Arena, que administra o estádio desde 2010.
“A biometria facial é mais uma entrega que reforça nosso compromisso com segurança e inovação para os usuários”, afirma Pedro Bruno, secretário da Seinfra. Já o gerente técnico do estádio, Otávio Goes, reforça que a mudança “evita fraudes e cambismo”.